William Kentridge nasceu em 1955 em Johannesburgo, na
África do Sul. Começou a praticar artes visuais na Johannesburg Art Foundation
após estudar ciência política e estudos africanos na Universidade de
Johannesburgo ,estudos esses que provavelmente inspiram grande parte dos seus
trabalhos.
A obra de Kentridge tem como foco principal o recente
processo sul-africano de reconciliação e a herança do apartheid, embora aborde
outros temas como a transitoriedade e a memória.
A exposição ''Fortuna'' se estrutura em 4 seções com
aproximadamente 200 obras como gravuras, esculturas ,desenhos ,objetos ,vídeos
e filmes, criadas entre 1989 e 2012.
William situa fortuna entre o acaso estatístico e o
controle racional, onde há tanto a possibilidade quanto predeterminação. Nesta
exposição a obra de arte está eternamente em construção e caminha lado a lado
com o engajamento político. Como não gosta da ideia de especialização, Kentridge
entrelaça o político e o poético ,o drama coletivo e o individual, com humor e
ironia sem focalizar um tema específico, quebrando e rearranjando códigos de
representação, transitando pelos filmes, esculturas, quadros e produções
teatrais e operísticas.
Nota-se nesta exposição a grande reprovação do autor
ao quadro social do modo como ele o enxerga, William denuncia os processos de
tirania sofridos não só pelos empregados mas por todos os membros da sociedade
que vivem reféns de modelos de vida hipócritas e injustos. A intensidade e
composição das obras é capaz de gerar uma inquietação também no espectador, despertando
assim uma reflexão comum a ambos.
''Fortuna'' está a mostra no Instituto Moreira Salles,
depois seguirá para a Fundação Iberê Camargo em Porto Alegre e para Pinacoteca
do Estado de São Paulo.
Grupo: Hugo Rivola, Lucas Hinds.
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