quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A Fortuna Por William Kentridge

    William Kentridge nasceu em 1955 em Johannesburgo, na África do Sul. Começou a praticar artes visuais na Johannesburg Art Foundation após estudar ciência política e estudos africanos na Universidade de Johannesburgo ,estudos esses que provavelmente inspiram grande parte dos seus trabalhos.

    A obra de Kentridge tem como foco principal o recente processo sul-africano de reconciliação e a herança do apartheid, embora aborde outros temas como a transitoriedade e a memória.

    A exposição ''Fortuna'' se estrutura em 4 seções com aproximadamente 200 obras como gravuras, esculturas ,desenhos ,objetos ,vídeos e filmes, criadas entre 1989 e 2012. 

    William situa fortuna entre o acaso estatístico e o controle racional, onde há tanto a possibilidade quanto predeterminação. Nesta exposição a obra de arte está eternamente em construção e caminha lado a lado com o engajamento político. Como não gosta da ideia de especialização, Kentridge entrelaça o político e o poético ,o drama coletivo e o individual, com humor e ironia sem focalizar um tema específico, quebrando e rearranjando códigos de representação, transitando pelos filmes, esculturas, quadros e produções teatrais e operísticas.

    Nota-se nesta exposição a grande reprovação do autor ao quadro social do modo como ele o enxerga, William denuncia os processos de tirania sofridos não só pelos empregados mas por todos os membros da sociedade que vivem reféns de modelos de vida hipócritas e injustos. A intensidade e composição das obras é capaz de gerar uma inquietação também no espectador, despertando assim uma reflexão comum a ambos.

    ''Fortuna'' está a mostra no Instituto Moreira Salles, depois seguirá para a Fundação Iberê Camargo em Porto Alegre e para Pinacoteca do Estado de São Paulo.


Grupo: Hugo Rivola, Lucas Hinds.

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