Luiz Pierre Zerbini nasceu
no ano de 1959 na cidade de São Paulo. Artista plástico multimídia, atua na
área da pintura, da fotografia, da cenografia, da escultura, da música, de
vídeo e desenho.
Suas obras contém de cenas domésticas e flagrantes urbanos com inspiração surrealista até auto-retratos abstratos. Há mais de vinte anos, Zerbini expõe seu trabalho em grandes galerias e museus no Brasil e no mundo. Recentemente, divide seu tempo entre seu ateliê e as exposições e apresentações do Chelpa Ferro, grupo musical que criou em parceria com o artista Barrão, o editor de vídeo e cinema Sérgio Mekler e o produtor musical Chico Neves, dedicado a investigações sonoras e visuais.
Chama-se “Amor” a exposição individual de Luiz Zerbini em cartaz no MAM-RIO desde o dia 18 de outubro. Composta de pinturas, desenhos, colagens e uma instalação, esta é a maior mostra já realizada, em número de trabalhos, na carreira do artista, pois reúne mais de sessenta obras.
Segundo o artista, o nome da exposição nasceu após se deparar com o comentário “Nossa, quanto amor!” ao trabalhar em uma de suas pinturas. Com o tempo, amor passou a explicar o que fazia, segundo ele.
As obras ocupam o segundo andar do museu e uma grande parede, com 8 metros de altura e 32 centímetros de comprimento, que é quase integralmente preenchida por pinturas figurativas, abstratas e/ou geométricas, com detalhes minuciosos e cores vibrantes. A figuração, por exemplo, surge em plantas, convivendo com caixas de som, postes da cidade ou micos que percorrem cabos de energia. Tudo é reflexo da observação da cidade pelo artista, que fotografa postes ou carrega plantas para o ateliê a fim de contemplá-las e recriá-las na pintura.
Zerbini ocupa a parte mais alta da parede, perto do teto, com as formas geométricas puras, em pinturas com incontáveis quadrados do cinza ao preto.
Zerbini leva cerca de quatro a oito meses para fazer cada pintura e, ao longo desse tempo, vai acumulando objetos e referências. “Gosto de pintar olhando para os objetos”. Por conta disto, pela primeira vez, o público terá acesso ao seu processo criativo. No meio do Espaço, há uma mesa de madeira de grandes dimensões projetada em parceria com o arquiteto Pedro Évora. Nesta mesa, estão misturados elementos de referência utilizados nos últimos anos pelo artista: projetos, recortes de jornal, slides, plantas, galhos e insetos.
Tudo em “Amor” é grandioso e, como diz o curador do museu, “potente e exuberante”.
Na parede oposta, há vitrines de acrílico com slides coletados pelo artista há alguns anos. Ele os organiza, criando padrões, ou faz intervenções, substituindo as imagens por gelatinas coloridas. Apresentam-se também trabalhos com slides de uma abstração geométrica também presente nas pinturas. Todos estão relacionados e foram criados simultaneamente, segundo o autor.
Já nas laterais do espaço, ficam telas presas por cordas atadas a caveiras no chão, como “páginas de um livro gigante”.
Os trabalhos expostos pertencem a coleções particulares, dentre elas a de Inhotim, e ficará no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro até o dia 9 de dezembro de 2012.
Junto de “Amor” também foram abertas no MAM as exposições de Raul Mourão (“Tração Animal”) e Cabelo (“Humúsica”), que se contrastam entre si, destacando a singularidade dos artistas, segundo o curador Luiz Camillo Osório.
A seguir, uma galeria mixada com as principais obras de Luiz Zerbini:
Por Clarissa Paiva, Letícia Vallecilo, Lívia Maggessi, Marina Vilhena e Priscila Verônica. Turma EC2 - Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.






Nenhum comentário:
Postar um comentário