sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Fortuna (Instituto Moreira Sales)

Fortuna, William Kentridge

          A percepção básica notada pelos que visitam a exposição Fortuna, de William Kentridge, é consolidada através da valorização intimista do sentimentalismo e das referências que constituem o todo do artista. Por meio de desenhos, gravuras, esculturas, performances, escritos, entre outros, Kentridge utiliza diversos elementos contemporâneos e abstratos, inspirado no cotidiano e nos acontecimentos que ocorrem ao seu redor.


          Também é possível ver, ao observar a sua obra, que as gravuras fornecem noções da ligação do artista com o lugar onde nasceu e vive. As gravuras possuem elementos do campo social da África do Sul (em algumas obras haviam rostos expressando sofrimento, por exemplo) e também com o cenário natural do país (alguns elementos exploravam a fauna típica das savanas africanas) - o que nos leva a associar suas criações ao regime do Apartheid, a terrível distinção entre brancos e negros que perdurou por, aproximadamente, 40 anos.


          Após interpretar as obras da exposição pode-se concluir que a grande "fortuna" para o artista é o que realmente representa riqueza para ele: o destino, o incerto. Kendridge faz-nos refletir sobre a nossa submissão ao acaso, que permanece imune a qualquer ordem. A elaboração, a permanente construção e a incerta finalização são temas abordados nessa exposição, que valoriza, sobretudo, o processo de criação, como um todo.

Grupo:
Fabian Falconi, Gabriela Isaias, Hannah Granado, Mariana Parga e Thiago Patrick

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