Uma caixa de som coberta por um tecido militar vira arte, a estrutura de uma casa com uma caixa de som dentro vira arte. Ambos põem em cheque o papel da arte. O primeiro a questão da censura e o sengundo dialoga com a local em que se faz a arte. Visto que música é arte, ela pode habitar um museu, mas habitando um espaço comum também não seria arte?
Cabelo também trabalha o lugar do sagrado e do profano ao usar uma cabeça de Buda que se separa do seu corpo. Então, a cabeça tem lugar sobre um bloco de terra e o corpo se funde a escultura formada pelos tambores de uma bateria.
A questão da mobilidade também é abordada em algumas obras, a exemplo de algumas em que os pés são skates. Ou mesmo a mobilidade visual e a transitividade de sentido em uma máscara em que há caixas de som no lugar aonde estariam os olhos.
A partir deste conceito é possivel fazer uma conecção entre Cabelo e o movimento do Tropicália no Brasil, ambos, de formas distintas, se utilizam da música e da antropofagia cultural de Oswald de Andrade para criar um novo conceito de arte e criticar um sistema vigente.
Grupo:
André Klodja, Eduardo Tavares, Marcela Orlandis, Mariana Ramalho,Taisa Martins
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