sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Fortuna
A exposição deWilliam Kentridge, Fortuna, está em exibição no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro desde 24 de agosto de 2012. Totalizando 184 figuras, 38 desenhos, 27 filmes e 10 esculturas criadas entre 1989 e 2012, as obras do sul-africano irão viajar pelo país por mais de um ano, passando pelo IMS do Rio de Janeiro, pela Fundação Iberê Camargo em Porto Alegre e, por fim, pela Pinacoteca de São Paulo.
Nascido em 1955, em Johannesburgo, Kentridge estudou ciências políticas e estudos africanos na sua cidade natal mas, em seguida, investiu na dedicação às artes visuais. Assim, a influência da sua bagagem acadêmica é perceptível no processo de produção que, apesar de não possuir uma temática específica, claramente utiliza referências de acontecimentos e lugares reais, com destaque para o Apartheid e as questões sociais sul-africanas ligadas a esse episódio histórico.
O preto e branco, o desenho feito com linhas fortes, feitos com carvão e o trabalho com elementos do cotidiano – como tesouras, papel, jornal, cola e madeira – mostram a presença do Modernismo do século XXI na concepção artística. Além disso, há a preocupação em mostrar o processo de criação das obras, ou seja, a metalinguagem, característica que comprova a influência modernista sobre Kentridge.
Fortuna vai, portanto, além da beleza estética e chama atenção pelo teor cultural, que investe na reflexão metalinguística e sobre as questões sociais sul-africanas, que foram ignoradas pelo mundo durante muito tempo. A exposição ficará no IMS da Gávea até o dia 17 de janeiro de 2013 para, em seguida, ser levada a Porto Alegre.
Grupo: Thayanne Porto, Ruggeron Reis, Angélica Moreira, Everton Maia e Priscila Minussi.
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