quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Adriana Varejão - Histórias às Margens




A exposição “Adriana Varejão – Histórias às Margens”, no MAM do Rio de Janeiro, pode, num primeiro momento, causar até certo mal estar, pelo menos àquelas pessoas que não estejam acostumadas a frequentar exposições como essa. A artista carioca, que completa 50 anos no ano que vem, apresenta cerca de 40 trabalhos, muitos deles óleo e gesso sobre tela, que foram produzidos nos últimos 21 anos. Por isso, Histórias às Margens é chamada por ela e pelo curador Adriano Pedrosa de uma panorâmica de sua obra, não de retrospectiva, pois o último termo remete muito ao passado, e a exposição inclui obras atuais.

O mal estar, falado acima, é decorrente das entranhas introduzidas pela artista em muitos de seus trabalhos. Com incisões nas telas, ela evidencia entranhas de seres vivos, talvez querendo mostrar a vivacidade de tal imagem, ou a interferência causada no meio pelo homem. O fato é que a imagem é impactante. Outras obras mostram corpos descompostos ou esquartejados.

Varejão também usa a questão da tridimensionalidade, tanto nas obras com as incisões quanto em outras. Em umas ela utiliza sobreposições de telas para formar uma imagem, em outras, objetos como garrafas são parte da tela, como se tivessem inseridas nela. Em outras, parece que a tela é descolada e se insere em objetos do cotidiano, como cadeiras e copos. Grande parte dos trabalhos expostos apresenta azulejos, referências à era colonial do Brasil, uso de cartografia e referências à religiosidade.



A exposição de Adriana, uma das artistas brasileiras mais bem sucedidas e reconhecidas internacionalmente, conta, ainda, com obras inéditas no Brasil, e com outras feitas especialmente para a exposição. Com patrocínio do Bradesco Seguros e da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, a panorâmica segue até o dia 17 de março de 2013 no MAM.




Alexandre, Gabriel e Nickolas

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