Contemplado
pelo Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2011, o projeto “The film that is not
there” de Kika Nicolela ficou em exposição no Palácio Gustavo Capanema de 22/11
a 21/12/12, levando os visitantes aos bastidores de um filme, por assim dizer,
diferente.
Em “The film that is not there”, nos é apresentada a proposta de um filme que não é exatamente um filme. Sem atores fixos, sem um idioma padrão e, acima de tudo, sem o objetivo de ser efetivamente um filme, “The film that is not there” remonta a estética de um teste de elenco onde os atores nunca se encontraram de fato.
A não-linearidade do projeto pode incomodar num primeiro momento, mas depois de um tempo a escuridão, a monocromia, a diversidade de personagens e, principalmente, de idiomas pouco importa. A imersão é tamanha, que em pouco tempo nos vemos absorvidos e completamente envolvidos pela história retratada nas telas. E falando em telas, a vídeo-instalação conta com um trabalho arquitetônico muito bem elaborado de telas interdependentes, onde não só os personagens dependem uns dos outros para que o roteiro tenha um sentido, mas as telas de cada ambiente também dependem umas das outras.
O mais interessante de “The film that is not there” é que o objetivo real não é montar um filme ou escolher um personagem, mas sim explorar o maior número possível de versões de um mesmo personagem e de um mesmo texto; e através desses fragmentos, construir algo totalmente inusitado, um filme que não está lá.
GRUPO – Clarice Ferro, Débora Polistchuck, Natascha Oliveira, Gabriela Oliveira, Bruna Câmara - EC2
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