terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Historias Marginais no MAM Rio


   A carioca Adriana Varejão, uma das artistas brasileiras mais importantes na atualidade, sua mostra "Adriana Varejão - Histórias às Margens", exposta no MAM Rio, passa pelas histórias do Brasil, Portugal e China resgatando o barroco mineiro mesclado com as histórias colonizadoras e a porcelana chinesa. A mostra conta com a linguagem singular de Adriana, diretamente ligada ao corpo, a violência e a religião.

   Logo no primeiro andar do MAM a natureza carnal da artista é revelada, através de um painel , que cobre uma parede inteira, onde telas que remetem a azulejos, foram pintados em vermelho com imagens de plantas carnívoras de varias regiões do mundo.
   Ao lado do texto do curador Adriano Pedrosa, no segundo andar, temos a obra "Figura de convite 3" feita em azulejos que lembram os tradicionais azulejos portugueses, uma mulher segura uma cabeça decapitada, remetendo a uma interpretação religiosa onde lembramos da história bíblica de João Batista que foi decapitado a pedido de Salomé.


Em Histórias às Margens encontramos obras apresentadas pela primeira vez no Rio, como o painel em estilo  chines da Baia de Guanabara. Ainda em referencia a cultura chinesa há uma obra que retrata a técnica dos irezumis (pedaços de pele tatuados cortados de cadáveres e expostos como arte), comum na China. Incisões, suturas, extrações e esquartejamentos são temas recorrestes nas obras da pintora desde 1993. Telas dimensionais com pedaços da matérias interna, com aparência de carne, exposta nos transmite um sentimento teatral.



É vasto o interesse de Varejão, vai do erotismo ao barroco passando pela china e as cerâmicas, o que torna suas obras uma manifestação visceral do mundo. "Acho maçante quando a pintura só fala dela mesma. Esta discussão já se esgotou. Eu escolhi falar de coisas que estão no mundo" diz Adriana.

Grupo: Juliana Ferraz, Beatriz Barros e Daniel Luz



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