A exposição de Fernanda Gomes, ‘'complexas ordens mínimas’’, pode ser vista na Casa de Cultura Laura Alvim até o dia 17 de fevereiro de 2013.
O trabalho de Fernanda Gomes não é óbvio, possui uma atmosfera poética extremamente íntima. A aparência de vazio que marca a mostra pode causar estranhamento em até mesmo quem está habituado com exposições de arte. O projeto de criação da artista começa a partir da ocupação do espaço em que o trabalho será exibido. Sendo assim, uma característica notável da exposição de Fernanda é a apropriação das coisas vividas pela artista, que é trabalhada de modo bastante particular e subjetivo. A proposta da mostra caminha para o esvaziamento, se apropriando dos objetos do espaço e os desconstruindo. Desse modo, a artista brinca com os objetos, fazendo jogos de contraste, como o de apresentar uma tela sem moldura e uma moldura sem tela. Os materiais produzidos, coletados e editados pela artista não são parte de uma escolha aleatória. Os critérios, explica o curador Fernando Cocchiarale, são serem brancos ou das cores dos materiais que são feitos. Além disso, os objetos nunca devem ser decorativos. A frágil ordem na qual esses elementos se encontram forma uma estética complexa e desconstrutiva, que diferencia o trabalho de Fernanda de obras de arte habituais que são destinadas apenas ao mercado e à contemplação.
Grupo: Elaine Taffner, Fernanda Turbay, Nathália Bessera, Raquel Mandarino, Thais Brunoro.
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