Videoarte 2013 (Oi Futuro Ipanema)

           Atualmente, muitas pessoas encontraram na arte audiovisual portas abertas para sua expressão. Muitos constatam que o vídeo é uma das formas mais concretas, por assim dizer, para organizarem as suas ideias, reuni-las, transformá-las em reflexões para o seu público. Dessa forma, foram reunidos vários artistas contemporâneos renomados na área e seus respectivos vídeos, para a exposição VIDEOARTE 2013 que teve lugar no Oi Futuro Ipanema, com curadoria de Alberto Saraiva.

           Através de vários monitores, os vídeos iam desenrolando-se, continuamente. A maioria deles com áudio individual, para que pudesse ser dada a devida atenção. Os vídeos, de um modo geral, reúnem dois pontos, segundo o curador: "a revelação de questões dos universos e repertórios pessoais destes artistas", e "a possibilidade de apresentação do vídeo". Também podemos destacar a relação entre o poema e a imagem como característica forte. Alguns vídeos dispõe de um registro de performance, outros, de animação fotográfica e videográfica, pintura e histórias contadas pelo próprio artista.

          Maria Lynch, e seu vídeo Panty (2007), por exemplo, ousou registrar algo usual e individual no cotidiano feminino (calcinha) e um objeto de uso coletivo (secador de mãos), em união. O ar quente do secador provocava movimentos múltiplos na peça íntima e deram a chance da artista se impressionar e registrar o fato.

Panty - Maria Lynch (2006)

           Outro vídeo que também atrai os espectadores é a sequência de Nazareno, gravada em 2005, A Mais Forte/ Boa Demais Pra Você/ A Boazinha. Nele, estão inseridas duas bonequinhas feitas de feltro verde (cuja impressão visual lembra o aspecto de folhas) que encenam temas como poder e crueldade. O que aparentemente é uma obra infantil, busca trazer à tona esses temas tão comuns nas histórias de contos de fadas.

A Mais Forte/ Boa Demais Pra Você/ A Boazinha - Nazareno (2005)

          O fato de todos esses vídeos estarem presentes na mesma sala promove uma imensa riqueza interpretativa: as pessoas vão reagindo de formas diferentes a cada um, formando uma espécie de “leque de sentimentos” oriundo da arte, além da análise crítica que os observadores fazem de forma singular, trazendo seus preconceitos culturais e artísticos, além de sua vivência – o que torna cada leitura tão única. 

          A exposição vai até dia 31 de março e conta com vídeos de Tadeu Jungle, Lenora de Barros, Niura Bellavinha, Alessandro Sartore, Ricardo Carioba, Ricardo Barreto & Maria Hsu, Maria Lynch, Albano Afonso, Cid Campos, Jozias Benedicto, Nazareno e Marcos Chaves.

Grupo:

Fabian Falconi

Gabriela Isaias

Laís Januzzi

Mariana Parga

Thiago Patrick