Com a curadoria da pesquisadora de arte Marisa Flórido, o artista Leonardo Tepedino tem sua exposição tempo-vero sendo exibida nas Cavalariças da Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro. O título da mostra foi retirado de um dos versos do poema “A Máquina do Mundo Repensada”, de Haroldo de Campos. Como podemos vêr na imagem de apresentação da exposição, no poema Haroldo dialoga tanto com outros nomes importantes como Dante e Camões, quanto com a Física e com a Cosmologia Moderna. Tal apropriação não é casual. Tepedino é arquiteto e escultor: o desenhista do futuro.
A exibição é constituída por duas obras construídas pelo artista no
próprio local, elas ocupam todo o espaço interno e são feitas de peças de madeira.
O processo de criação e construção levou dias e o artista usara da música
para se inspirar, enquanto trancado sozinho na sala deixara sua
criatividade fluir criando um ambiente que somasse escultura e artista em
uma só exibição;
A localização espacial das obras foi realizada de maneira onde uma
delas foi trabalhada horizontalmente no espaço lateral, dependendo fisicamente
do lugar e se apoiando nas paredes. Já a outra, usando da verticalidade,
ocupa o espaço principal das Cavalariças.

O resultado dessa obra magnífica é um labirinto para os
nossos olhos, onde somos levados as mais diversas formas e aproveitamento
do espaço, onde há o diálogo das obras sem que exista a perda de suas
singularidades. “O fundamental é potencializar
características concretas dadas, de modo que o encontro entre escultura e
arquitetura apresente novas camadas de realidades, tensionando,
singularizando e transcendendo o lugar das Cavalariças. A forma como a
linha percorre o espaço construindo novas situações plásticas de
encontro/confronto com o lugar e o observador coloca a curva em relação às
retas da galeria, de modo fluído, extravagante, elegante, erótico,
movimentando o espaço retilíneo e perguntando o que é espaço? O que é uma
linha? O que é escultura? A escultura, então, torna a galeria mais arejada
e livre, ao mesmo tempo que nos faz ver melhor aquele espaço, e acabamos
medindo o espaço de modo sensível, abertos à possibilidade de
habitar. A escultura mediando o encontro entre o observador e a
arquitetura, no sentido de pertencimento: o lugar cultivado pela escultura
hospedando o observador”, diz Leonardo Tepedino.
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A Escola de Artes
Visuais do Parque Lage fica na Rua Jardim Botânico, 414 - Jardim Botânico - Rio
de Janeiro.
Mas
informações: 3257-1800 ou www.eavparquelage.rj.gov.br
Grupo: Elaine Taffner, Fernanda Turbay, Nathália Bessera, Raquel Mandarino, Thais Brunoro,
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