A
exposição +Luz, apresentada no Parque
Lage, contrapõe-se à ideia de que o aluno é um ser sem luz. Reunindo obras de
nove estudantes da Escola de Artes Visuais, a mostra nos guia por entre uma
diversidade de caminhos artísticos: escultura, filme, objeto, instalação.
Disposta nesse recanto bucólico da cidade do Rio de Janeiro, a exposição tem
suas qualidades acentuadas pela beleza natural do espaço e arquitetura do
casarão.
Uma
das obras mais marcantes pertence a Gustavo Torres. Partindo de uma estrutura formada
pela junção de utensílios prosaicos e complexos, o artista leva o espectador a
presenciar uma experiência lúdica e onírica. Dois projetores são dispostos nos
extremos de uma sala escura, intermediados por uma série de panos de tecido
fino. Em cada projetor é rodado um filme diferente, em película super8. Os
panos de cada ponta recebem com exclusividade as imagens projetadas por cada
vídeo, que vão se dissipando até se encontrarem no meio dos tecidos.
Através
do sistema, em que ambos os filmes se interpenetram e, dessa forma, passam a
fazer parte do mesmo todo, pode-se fazer uma reflexão sobre a vida. Esse traço
é reforçado pelo fato de as imagens apresentadas serem caseiras, de arquivo
pessoal. À medida que crescemos e acumulamos experiências em nossa história, os
acontecimentos passados são refletidos em nossos presente e futuro. Nenhum
capítulo é estático ou isolado dos demais. Pelo contrário: tudo o que somos é
resultado de uma reunião de crônicas, e todas elas são espelhos que servem como
refletores das demais.
Gustavo
Torres explica que quis trabalhar, a partir dessa obra, as memórias, e como a
relação entre elas é capaz de criar o porvir. O conjunto de memórias que
guardamos em nosso interior podem ser atenuadas com o tempo, mas jamais
apagadas. Nenhuma memória é extinta e, mesmo o seu menor resquício é capaz de
produzir o instante, o agora.
Grupo: Bianca, Isabela, Isadora, Thais e Viviane

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