Quando ouvimos o nome William Kentridge, muitos de nós não o reconhecemos, apesar da sua popularidade não ser muito no Brasil, o artista sul-Africano já teve sua obra como destaque em bienais e galerias de todo o mundo, desde do Louvre, em Paris, até ao MoMA, em Nova York.
A exposição “Fortuna” está no Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro até o dia 17 de fevereiro. São quatro salas com 38 desenhos, 27 filmes e animações, 10 esculturas e mais de 180 gravuras do artista, William Kentridge, produzidas por ele entre 1989 e 2012 que desembarcaram no Brasil para a primeira grande exposição do artista na América do Sul. Com curadoria de Lilian Tone, onde buscou mostrar uma mostra temática, mostrando a variedade do artista.
Nascido em 1955 em Johanesburgo, o artista é conhecido por suas animações que são construídas a partir da filmagem de um único desenho em carvão que vai sendo alterado. O fio condutor de seu processo criativo são as ideias de transformação e movimento. Sua obra refere-se ao recente processo sul-africano de reconciliação e à herança do apartheid, mas seu alcance estende-se a temas universais como a transitoriedade e a memória.
As obras mostram a sua natureza de várias faces e os seus multiplos talentos, revelando todo o processo criativo de Kentridge em seu estúdio na África do Sul, desde a forma como seu trabalho transcende gêneros e abraça diferentes plataformas, até à apresentação de seus primeiros desenhos e estampas que ganharam vida através do cinema, teatro e ópera.
A noção de “fortuna”, princípio guiador do processo artístico e presente no título da exposição, traz o sentido de acaso, de destino. Segundo o artista, “fortuna é um termo geral que utilizo para essa gama de agenciamentos, algo diverso da fria probabilidade estatística, no entanto fora do âmbito do controle racional”. Em outras palavras, é possível entender esse conceito como um acaso direcionado, uma engenharia da sorte, em que pré-determinação coexiste com possibilidade. Fortuna refere-se a uma condição do trabalho artístico em estado constante de construção; a um sentido de descoberta, menos do que invenção.
Ele Alcançou um status internacional com a série de curtas-metragens "Desenhos para Projeção", que começou em 1989. Todos esses dez são mostrados pela primeira vez juntos nesta exposição, acompanhados dos 23 esboços que lhes deram vida, criando uma oportunidade única para examinar o diálogo entre os esboços e os filmes, e o processo criativo da sua arte.



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