O palácio Gustavo Capanema, no centro do Rio, foi palco para a exposição “THE FILMS IS NOT THERE”, de Kika Nicolela, artista paulistana que pela primeira vez trouxe um projeto próprio e individual para os cariocas.

A exposição é uma vídeo-instalação na qual existem diálogos constantes em três espaços diferentes. No primeiro espaço, perguntas são feitas através de legendas e cada entrevistado (todos são atores) responde em sua própria língua. A ideia prossegue no segundo espaço, mas com duas telas agora (rebatimento), mostrando um diálogo. No terceiro e último espaço, são três telas e segue a lógica do diálogo. As mesmas perguntas são feitas em diferentes línguas assim como as respostas. Segundo Cristopher
Eamon, a exposição “...revela o funcionamento do cinema narrativo clássico, ao questionar a sua propensão para o significado preciso e fixo”.
Todo o material utilizado na obra é proveniente de testes de elenco, gravados em Singapura, Coréia do Sul e Suiça. Percebe-se uma grande variedade de idiomas e etnias, o que ajuda a marcar a singularidade de cada ator e de sua interpretação, já que o roteiro é o mesmo para todos. A exposição foi premiada com o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea. Seu site oficial é: thefilmthatisnotthere.wordpress.com. Kika Nicolela já participou de inúmeras exposições e é detentora de famosos prêmios e bolsas. “The film that is not there” é uma mostra clara do porquê do sucesso de Kika: uma exposição bem trabalhada nos mínimos detalhes, capaz de reter a atenção do espectador e de faze-lo mergulhar no universo fictício daqueles personagens.
Alexandre, Gabriel e Nickolas
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