quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Do corpo das coisas


Adriana Varejão é uma das grandes artistas modernas brasileiras no cenário de hoje, cerca de 40 obras suas, dentre elas algumas vindas de coleções internacionais ou nunca expostas antes no Brasil, produzidas desde 1991 estão em exposição no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, levando o nome de “História às Margens” e com curadoria de Adriano Pedrosa. Utilizando-se de azulejos, a artista nos remete à época colonial brasileira e ao barroco ao utilizar o corte e a carne exposta.

O elemento motivador das obras é o corpo. Há obras que retratam exatamente o corpo humano dilacerado, em pedaços, e obras que retratam o corpo das coisas como aquelas que mostram a arquitetura, sua estrutura e seu interior, sua composição. Além de uma instalação destinada a Tiradentes, que recebeu o nome de Reflexo de Sonho no Sonho de Outro Espelho (estudo sobre o “Tiradentes” de Pedro Américo), datada de 1998.



Entrando nas obras de azulejo, além da utilização desse material em si, a artista ilude o espectador ao fazer uso da tinta para simulá-lo.  Na obra Tea and Tiles II, de 1997,a ilusão fica por conta do ponto de vista do espectador de acordo com a distância. De longe, vê-se a pintura por inteiro, ao chegar perto nota-se que a continuação da pintura encontra-se nas cadeiras e nos artigos dispostos acima da mesa.




Outra obra que chama atenção por sua ilusão é Parede, de 2001. O mesmo padrão de pintura se repete em quadros amontoados que à distância dão a impressão de se fundir.





Grupo: Elaine Taffner, Fernanda Turbay, Nathália Bessera, Raquel Mandarino, Thais Brunoro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário